terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

QUE DEMOCRACIA É ESSA???

Sou membro de um site onde a maioria dos participantes são professores de história, alunos de cursos de história, filósofos além de admiradores da disciplina, enfim, pessoas que “teoricamente” deveriam ter uma condição de análise mais apurada, principalmente no que diz respeito a assuntos de ordem político-social, porém, fiquei surpreso com o resultado da última enquete realizada por tal site: “Se, nos dias de hoje, partidos políticos assumidamente fascistas deveriam ser proibidos ou permitidos em seus respectivos países”, com 73,72% venceu a proibição desses partidos.

Ora, se somos realmente uma sociedade democrática, se estamos empenhados nos valores da tolerância, da cooperação e do compromisso, tem alguma coisa errada aí, afinal se enquanto democratas reconhecemos que chegar a um consenso requer compromisso e que isto nem sempre é realizável, é de se espantar tal resultado. De fato, a democracia supõe o consenso, isto é, a aceitação geral das regras estabelecidas após as discussões. Isso, porém, não elimina a existência do dissenso, isto é, a possibilidade de discordar, sempre que necessário. Aliás, uma característica essencial da democracia é a aceitação do confronto ou do conflito, como expressão das opiniões divergentes. Faz parte do processo democrático a conversação e a negociação para solucionar os conflitos.

Não podemos esquecer das palavras de Mahatma Gandhi, “a intolerância é em si uma forma de violência e um obstáculo ao desenvolvimento do verdadeiro espírito democrático”.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

BOM CARNAVAL A TODOS

Olá pessoal,

Quero aproveitar esse espaço para desejar a todos um "BOM CARNAVAL", afinal, é a data mais esperada pela maioria dos brasileiros. Eu, sinceramente, já fui mais animado, hoje, prefiro descansar e recarregar as baterias. Para os que pretendem se esbaldar na folia, responsabilidade em primeiro lugar e nunca se esqueçam de que "o seu direito termina quando começa o direito do outro".

Abraço a todos!!!!

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

RELIGIÃO E FÉ

Muitos amigos me questionam o porquê de eu não ter religião ou não ter fé e isso me deixa triste porque não é como me sinto, e explico: eu realmente não acredito em religião, mas acredito na "religiosidade do indivíduo, que se manifesta como convivência, fraternidade, partilha, agradecimento e homenagem à vida que explode de beleza. Todos os primeiros sinais de humanidade que encontramos, estão ligados à religiosidade e à idéia da nossa vinculação com uma obra maior, da qual faríamos parte",fazendo minhas as palavras do filósofo Mario Sergio Cortella.

O divino, o sagrado pode ganhar muitos nomes. Pode ser Deus no sentido judaico-cristão-islâmico da palavra, pode ser deuses; pode ser uma vibração; uma iluminação, enfim, qualquer que for a denominação, reconhecemos que há algo que transcende, que ultrapassa a coisificação do mundo e a materialidade da vida. Ter fé é crer, sem sombras de dúvidas nos dogmas de uma determinada religião e os dogmas são os pontos fundamentais dessa religião, apresentados como certos e indiscutíveis, portanto, não sou um homem de fé, creio que este sentimento não se adquire com o decorrer dos anos, com conhecimentos adquiridos ou treinamentos, sou um homem de força, de esperança, que é a expectativa de um bem que se deseja, a esperança é a grande consoladora dos homens que não têm fé. Não posso crer que quem me colocou nesse universo, dotado de inteligência e livre arbítrio admita que eu acredite em qualquer coisa de olhos fechados, sem questionamento algum.

Conforme diz o grande filósofo iluminista Immanuel Kant: “A fé construída no íntimo, a partir da diretiva moralizante, descrucifica Jesus, visto que não necessita de seu martírio para redimir pecados, ou plasmar complexos de culpa perturbadores”, essa para mim é a verdadeira fé, a qual tento humildemente praticar no dia-a-dia, não com discursos, mas com atitudes, fazendo com que a vida flua de uma forma que eu me sinta plenamente realizado e conectado com o universo ao qual pertenço.